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Veja os acusados do sequestro do menino Pedro Paulo

Três dos cinco sequestradores presos durante operação realizada em três estados
Três dos cinco sequestradores presos durante operação realizada em três estados

Um minucioso trabalho de investigação liderado pela equipe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e o apoio das polícias Civil e Militar do Tocantins e do Pará, resultou na libertação e elucidação do sequestro do menino Pedro Paulo Mendes, 4 anos e a prisão de 3 pessoas acusadas de integrarem a quadrilha que atuou na trama. Pedro Paulo foi sequestrado em sua casa no centro de Imperatriz na manhã do dia 27 de junho, sendo mantido em cativeiro por 14 dias e libertado na noite de terça-feira (10) no distrito de Cicilândia, município de Palmeirante no Tocantins, mediante o pagamento de R$ 500mil, numa ação orientada e monitorada pela equipe de investigação da Seic.

Em entrevista no fim da tarde de ontem quarta-feira (11), em Imperatriz, o secretário Aluísio Mendes destacou a importância da ação conjunta.
Mendes, acompanhado dos delegados que trabalharam no caso e de promotores do Ministério Público, apresentou o principal mandante do crime e mais dois integrantes da quadrilha envolvida na ação e detalhou as informações sobre os motivos do sequestro. Foram apresentados Antonio Diagui, acusado ser o mentor do sequestro, preso em Imperatriz; Ricardo Feitosa Santos, sequestrador que invadiu a casa e receptou a criança; e Bruno Francisco, responsável pelo apoio logístico do crime, sendo a pessoa que resgatou os dois criminosos após o pagamento do resgate, ambos presos na cidade de Marabá no Pará.

O secretário Aluísio Mendes confirmou também a prisão de mais duas pessoas efetuadas no local onde Pedro Paulo era mantido em cativeiro, sendo uma mulher e um homem, que não tiveram os nomes revelados em função da polícia está realizando averiguação para apurar o verdadeiro nome deles, já que foram encontrados com diversas carteiras de identidade. As equipes de investigação continuam na busca de mais quatro foragidos: uma mulher e três homens.

Estiveram presentes, o secretário-adjunto de Inteligência, Laércio Costa; o superintendente de Polícia Civil do Interior, Jair Paiva Lima; os delegados André Gossain; da Seic e Assis Ramos; da 10ª Delegacia de Imperatriz; comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, Edeílson Carvalho; e o promotor de Justiça, Joaquim Ribeiro Júnior.

A trama

De acordo com a polícia, o sequestro do menino Pedro Paulo Lemes foi idealizado por Antonio Dagui, ex-funcionário do pai da criança, Jurandir Mellado. Dagui, por anos, trabalhou com a família do sequestrado e conhecia de perto todos os hábitos dos moradores da casa onde vivia o garoto, o que lhe facilitou detalhar a quadrilha de sequestradores, os passos e o poder aquisitivo de cada um dos famialires de Pedro Paulo. Dagui foi demitido este ano.

De posse dos dados da rotina da família, Antonio Dagui informou a líder do bando, já identificado pela policia como de alta periculosidade e com mais de 10 mandados de prisão, sendo procurado no Brasil inteiro. Ele repassou, inclusive, as condições de saúde da criança, que tem rejeição a lactose e também o valor máximo que eles poderiam pagar pelo resgate. A partir daí, a quadrilha se organizou e começou a planejar o sequestro consumado na manhã de 27 de junho.

“Essa é uma quadrilha extremamente perigosa e muito bem organizada. Todas as nuances do sequestro revelam isso e basta ver o modus operandi dos mesmos, que só se comunicaram com a família através de mensagens cifradas abandonadas dentro de pequenos frascos em pontos estratégicos de Imperatriz e por meio de chip de memória, onde as mensagens em gravadas e depois repassadas aos interlocutores”, detalhou Aluisio Mendes. O secretário informou também que este tipo de sequestro só foi realizado uma vez no Brasil, no Estado do Paraná e, agora, no Maranhão.

Libertação e prisão

De acordo com o secretário, o trabalho da polícia foi iniciado logo após o sequestro de Pedro Paulo. Equipes de delegados e investigadores da Seic vieram para região de Imperatriz e, com apoio dos agentes da 10ª Delegacia Regional, começaram as ações de investigação do caso. No primeiro momento, a operação se concentrou com buscas na região Norte do Tocantins, conhecida como Bico do Papagaio e depois desencadeou para o estado do Pará.

De acordo com o delegado André Grossain, da superintendência Estadual de Investigações Criminais, os sequestradores mantiveram contato com a família desde os primeiros momentos do sequestro. “Nós não divulgamos isso porque o sigilo era fundamental neste caso, mas, a partir destes contatos iniciais, nós começamos a desvendar este crime. Quando tivemos a certeza que a criança estava bem e havia sido libertada, nós partimos para a prisão da parte do bando de sequestradores”, informou ele.

Na noite de terça-feira (10) Pedro Paulo foi libertado no estado do Tocantins e a polícia monitorou os passos das pessoas incumbidas de buscar o valor do resgate na cidade de Araguaína. Na manhã de quarta-feira (11), Antonio Dagui foi preso em Imperatriz com R$100mil. O restante do dinheiro foi dividido entre os outros membros da quadrilha.

A operação para prender todo o bando envolvido no sequestro continua. Homens da Seic, em parceria com as polícias do Tocantins, estão em campo e realizam o andamento dos trabalhos de investigação.

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