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Polícia Federal prende superintendente do Incra e mais 22 pessoas por corrupção

Superintendente do Incra Antônio Carneiro é detido em Imperatriz (Foto: Imirante / Imperatriz)
Superintendente do Incra Antônio Carneiro é detido em Imperatriz (Foto: Imirante / Imperatriz)

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã, 02 de dezembro, a Operação “Ferro e Fogo I e II”* com o fim de desbaratar organização criminosa formada por servidores públicos do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), da SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais) e empresários, por condutas reiteradas de corrupção no desempenho de suas funções públicas e particulares, atuantes nas cidades de São Luis e Imperatriz.

As investigações tiveram início em setembro de 2013, por meio da instauração de Inquérito Policial, na Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente – DELEMAPH/SR/DPF/MA – em razão da comunicação feita pelo IBAMA de que alguns servidores da autarquia estariam envolvidos em atividades ilícitas relacionadas, inclusive, com áreas protegidas da Amazônia.

As investigações revelaram desvios de condutas de 15 (quinze) servidores do IBAMA, de 01 (um) servidor do SEMA e de 02 (dois) ex-superintendentes adjuntos da SEMA, sendo que um deles ocupa hoje o cargo de Superintendente do INCRA do Estado do Maranhão, Antônio Carneiro. Tais funcionáriospraticavam de forma reiterada variados atos de corrupção no desenrolar de suas funções públicas, em resumo: exigindo e solicitando vantagem econômica no desempenho das funções de fiscalização; auxilio na tramitação de processos administrativos; repassando informações privilegiadas a particulares acerca de fiscalizações, fraudes em processos ambientais, entre outros.

Estão sendo cumpridos 02 (dois) Mandados de Prisões Preventivas, 21 (vinte e um) Mandados de Prisão Temporária, 28 (vinte o oito) Mandados de Busca e Apreensão e 06 (seis) Conduções Coercitivas de pessoas diretamente envolvidas com os fatos.

Os investigados serão indiciados e responderão, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de quadrilha ou bando, concussão, corrupção passiva e ativa, prevaricação, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional, cujas penas, somadas, podem chegar a 25 anos de reclusão.

Após os atos de interrogatório os presos serão encaminhados ao Presídio de Pedrinhas e ficarão à disposição da Justiça Federal.

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