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Inquérito da PF acusa empresa Litucera de desviar milhões da Saúde do MA

A Litucera Limpeza e Engenharia Ltda aparece no inquérito da Polícia Federal, obtido com exclusividade pelo Blog do Neto Ferreira, como uma das empresas que mais recebeu recursos da Associação do Instituto de Cidadania e Natureza (ICN) durante o esquema criminoso montado no sistema de Saúde do Maranhão.

Em um diálogo interceptado entre Edson Gabriel da Silva, Silvaney dos Santos Nascimento, ambos representantes da Litucera, e Rômulo Augusto Trovão Moreira Lima, ex-prefeito de Coroatá e sobrinho de Ricardo Murad, investigadores da PF conseguiram identificar como funcionava a organização criminosa.

“Silvaney e Edson figurariam, em diálogos interceptados com autorização judicial, como representantes da Litucera. Eles são pegos no grampo prestando a Rômulo esclarecimentos sobre o dinheiro que receberam, ao mesmo tempo em que cobram R$ 10.000.000,00 milhões, sob pena de parar suas atividades.

A Litucera, que tinha como representante legal Edson Gabriel da Silva, recebeu o montante de mais de R$ 44 milhões entre os anos de 2010 a 2012. “Superfaturou valores dos contratos de serviços de limpeza/higienização hospitalar em várias unidades de hospitalares e UPAs no período de 2010 a 2014” afirma a decisão da Justiça Federal.

Ainda segundo o documento, a empresa superfaturou valores de contratos de fornecimento de refeições em várias unidades hospitalares e UPAs no mesmo período citado acima.

Edson, por meio da Litucera, desviou verbas públicas repassadas por Ongs. “Apropriou-se de dinheiro público federal de que teve a posse em razão da função de gestor da empresa prestadora de serviço público”, revelou a decisão do juiz federal sobre a conduta do gestor da Litucera.

Durante a auditoria realizada nas unidades hospitalares Tarquínio Lopes Filho e UPA do Parque Vitória foram constatadas diversas irregularidades, entre elas estão: “inexistência de controles ou mecanismos de controle frágeis relacionados à prestação de serviços de limpeza hospitalar e ao fornecimento de refeições” aponta o relatório.

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