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Vietnã: os 40 anos de uma foto histórica e o perdão de Kim

Pesquisa e colaboração de Milton Corrêa da Costa

Nesta sexta- feira , 08 de junho de 2012, uma foto histórica completou 40 anos. Mais do que isso, tal episódio, que representou os horrores da Guerra do Vietnã, trouxe um ensinamento: o poder incomensurável do perdão.

Era 08 de junho de 1972, durante a Guerra do Vietnã. A família de Kim Phuc tentou proteger-se num templo próximo quando ouviu o barulho dos aviões americanos. Mas o refúgio não foi suficiente contra as bombas de napalm que caíam do céu, e tudo explodiu em chamas.

Nick Ut, correspondente da agência de notícias Associated Press, tirou nesse momento a foto tristemente famosa que percorreu o mundo todo. Ali estava Kim, aos 9 anos, nua e em prantos, com grande parte do corpo coberta de queimaduras de terceiro grau. Apesar disso, a menina sobreviveu. Passou por 17 cirurgias e, depois de ser usada durante anos como símbolo da resistência do seu país, pediu asilo no Canadá. Mas o notável de sua história é que Kim perdoou o capitão John Plummer, oficial que ordenou o bombardeio de sua aldeia.

Em El don de arder [O dom de queimar], Kim conta à jornalista Ima Sanchís que, ao encontrar-se com o militar num evento, não o esbofeteou; preferiu abraçá-lo: “A guerra faz com que todos sejamos vítimas. Eu, quando menina, fui vítima, mas ele, que fazia o seu trabalho de soldado, também foi. Tenho dores físicas, mas ele tem dores emocionais, que são piores do que as minhas.”

Kim capitalizou suas antigas feridas de forma positiva. Hoje, viaja pelo mundo em campanha pela paz e é presidente da Fundação Kim Internacional, dedicada a dar assistência a vítimas de conflitos armados. Hoje tem 49 anos e vive no Canadá.

A LIÇÃO DE KIM

A lição de Kim mostra, sem dúvida, o pode infinito do perdão e da compaixão humana. Grandeza e virtude afetaS a poucos de nós, num mundo de guerras, prepotência, cobiças, violência e destruição. O belo exemplo de Kim mostra a riqueza interior de um ser humano. A maior de todas as riquezas.

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