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Usúarios do transporte público de São Luís sofrem a cada dia

Ônibus, substantivo masculino que faz referência aos veículos motorizados de transporte coletivo de muito passageiros e com destino preestabelecido. Este é o significado da palavra. Porém, se este vocábulo possuísse adjetivos estaria relacionado ou seria trocado pelas expressões “lata de sardinha”; “caixa de fósforos”; ou qualquer outro termo que represente ou descreva o sofrimento diário da população por causa da superlotação dos coletivos que fazem linha por ruas e avenidas de São Luís.

Conseguir pegar um coletivo nos horários de pico é quase um ato de heroísmo e determinação. Na maioria das paradas de ônibus dezenas pessoas se aglomeram e disputam centímetro a centímetro um lugar perto da porta para que assim possam chegar ao trabalho a tempo. Dentro a situação é pior ainda e chega a ser quase impossível se locomover dentro do carro devido à superlotação.

20130928094033826974oQuem mais sofre são as mulheres que corriqueiramente são vitimas do “esfrega-esfrega”. “Meu filho todo dia é isso. Não tem ônibus suficiente para a população por isso só andam lotados assim (sic). Além do empurra, empurra a gente sofre também com os salientes que passam se esfregando na gente” comentou a faxineira Naiara Coelho, 28 anos, moradora do Maiobão.

Aqueles que preferem esperar por outro veículo têm que ter muita paciência e chegam a esperar horas no ponto de ônibus para chegar ao trabalho e/ou voltar para casa. O vendedor Robert Castelo, 39 anos, morador do Cohatrac, sabe bem como é isso. Todos os dias ele acorda às 5h da manhã e precisa estar na parada às 6h para não pegar engarrafamento ou ônibus lotados. Se perder pelo menos meia hora de sua rotina é difícil evitar o atraso. “Ou acorda cedo ou chega tarde no trabalho. É complicado, mas eu não acho que o problema seja a falta de ônibus. É pior, o problema é a falta de organização do trânsito”, observou.

Mais ônibus

A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), informou que a distribuição de coletivos por área de São Luís está da seguinte forma: Área Centro/Anjo da Guarda – 152 carros; Área Rio Anil (que compreende bairros Coroadinho, Coroado, Fátima de adjacências) – 95 carros; Área Distrito Industrial (que compreende Estiva e outras localidades da Zona Rural II) – 78 carros; Área Cohama/Vinhais – 176 carros; Área Cohab/Cohatrac (que compreende semi-urbanos, Vila Industrial e outros bairros) – 327 carros; e Área São Cristóvão (que inclui São Raimundo, Tirirical e outros bairros da Zona Rural 1) – 295 carros. Corresponde a um total de 1.123 carros coletivos, que se constitui na frota atual. O poder municipal Informa, também, que haverá licitação para o transporte público de São Luís, que será feita pela Fundação Getúlio Vargas. Para atender a demanda da população seriam necessários mais 107 veículos, segundo avaliação da SMTT.

Mais Dinâmica

Para o superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes de São Luís (SET), Luís Cláudio, as empresas que atuam na capital maranhense são favoráveis a uma nova licitação para o transporte público da cidade desde que se tenha equilíbrio na disputa das empresas locais com as que vierem concorrer. “Somos a favor da licitação, mas é preciso ter igualdade nas condições de concorrência e que se tenha regras bem claras para não haver mal entendido”, afirmou.

Sobre a necessidade de disponibilizar mais coletivos nas ruas da cidade, Luís Cláudio discorda do posicionamento da SMTT e compara a atual situação de São Luís com outros estados do país como São Paulo. “Em Campinas se tem quase o mesmo número de ônibus que São Luís e não se vê reclamações de que falta ônibus por lá. O problema de São Luís são gargalos de engarrafamento que não permitam que os carros façam as viagens que deveriam fazer. Para ele fazer a viagem dele completa demora, mesmo que se coloquem outros carros todos ficarão presos nos congestionamentos e vai dar a impressão que não se tem coletivos. Então é preciso ter vias alternativas, áreas de escapes e faixas exclusivas de coletivos. Tem que desafogar as vias”, explicou.

Cláudio ainda destacou que a falta de velocidade operacional também causa a superlotação dos veículos e consecutivamente o desconforto dos clientes. (Com informações do Imparcial)

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