A prefeita de Pedreiras, Vanessa Maia, em uma entrevista concedida a TV difusora e demais meios de comunicação, após ofício encaminhado ao diretor-geral do DNOCS Departamento Nacional Contra Secas, solicitando o fechamento da válvula aspersora da Barragem do Rio Flores, por mais uma vez veio a público solicitar o fechamento urgente para que a partir dessa ação possa ser evitado prejuízos maiores na cidade em virtude de fortes chuvas que venham a cair sobre a região.
Na cidade a situação é de atenção, especialmente para as áreas mais baixas. Entre os pontos que preocupam a Defesa Civil Municipal está as pessoas que moram mais próximas da margem do rio, onde áreas como Balneário da Caema já foi inundado.
A prefeita frisou que sempre manteve sua equipe na vistoria da Barragem, e que em janeiro deste ano determinou que defesa civil municipal fosse vistoriar o local onde ali foi registrado algumas avarias que podem comprometer a Barragem do Flores, e que sua manutenção torna-se de extrema importância para que os municípios afetados pela cheia não possam sofrer danos maiores ainda.
Sabemos que não se pode evitar uma cheia, pois, isso é ir contra a lei da natureza e de Deus, mas temos convicção de que podemos fazer algo para amenizar o sofrimento contratantes de milhares de famílias, concluiu Vanessa.
A prefeita acrescentou ser uma grande preocupação e um compromisso de sua gestão solicitar a presença dos responsáveis para poderem vir até o local fazer o que realmente necessita-se.
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas se manifestou sobre o caso. Leia abaixo:
“O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) esclarece que a cheia que inundou parte do município de Pedreiras, no Maranhão, não é de responsabilidade da Autarquia, como informou a Prefeitura de Pedreiras e a Defesa Civil Municipal, e sim das fortes chuvas recentes aliadas ao desmatamento nas Áreas de Preservação Permanente (APP) ocasionadas pelas ocupações irregulares no leito do rio.
O DNOCS explica que a Barragem Flores está localizada no Rio Flores, distante 25 quilômetros da sua confluência com o Rio Mearim e, este, distante 35 quilômetros das cidades de Pedreiras e Trizidela do Vale. Portanto, o corpo técnico do DNOCS destaca que apenas uma válvula dispersora com 2 metros de diâmetro e uma carga hidráulica de 20 metros de coluna d’água (MCA), não proporciona uma vazão liberada acima de 12,00 m³/s (doze metros cúbicos de água), sem considerar perdas naturais de carga de água, como evaporação e absorção do solo ao longo do percurso de 60 quilômetros de distância, até as cidades citadas. Por todo o exposto acima, é importante explicar que a vazão liberada pela Barragem Flores é insignificante em relação a descarga do Rio Mearim.
Contudo, as informações veiculadas são inverídicas, pois o percentual na saída da tomada d’água liberado é de apenas 11,5% e não 70% como citado no Relatório de Inspeção da 13ª Companhia Independente de Bombeiros Militar da cidade de Pedreiras. A válvula em evidência foi construída para expelir vazões, não para conter enchentes e sim para proporcionar os usos múltiplos e o aproveitamento hidroagrícolas. Portanto, a referida válvula foi projetada para liberar vazões durante o ano inteiro quando necessário, sem causar danos.
Por fim, o DNOCS reafirma o compromisso e a responsabilidade com a Barragem Flores. Neste contexto, uma equipe técnica da Autarquia já se encontra no local para monitoramento da barragem e acompanhamento da situação.”
