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O que muda no Maranhão com a visita de Dilma Rousseff?

Dilma Rousseff estará em São Luís na segunda-feria, 10
Dilma Rousseff estará em São Luís na segunda-feria, 10

Com mais de 6 milhões de habitantes, o Maranhão é um dos estados mais ricos em biodiversidade do Nordeste, mas em contrapartida é onde se encontra os municípios mais pobres do país, 32 no total, onde a menor renda chega a R$ 147.70, conforme revelou o último Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre elas, uma pequena cidade que fica a 280 km de São Luís chama atenção não só pelo alto índice de pobreza, mas por ter sido o município que concentrou o maior número de votos válidos nas últimas eleições, para a presidente Dilma Rousseff. 92,13 porcento dos habitantes de Belágua decidiram reeleger a presidente, com a certeza de que ainda haveria esperança e alguém pudesse olhar para eles.

Maranhão foi o estado que mais votou em Dilma
Maranhão foi o estado que mais votou em Dilma

Na próxima segunda-feira (10), a presidente estará no estado para dá início a um tour pelo Nordeste, com a inauguração de obras, além de programação do governo federal e cumprimento de agenda. Uma das apostas também é pela recuperação da popularidade de Dilma, que está em baixa desde o início do seu segundo mandato.

Poderia ser esta uma excelente oportunidade para agradecimentos mais que formais ao estado, que acreditou em uma reeleição e espera que de alguma forma os olhos da presidência estejam voltados para os problemas do estado, que são muitos se comparados às demasiadas esferas do governo. Saúde, educação, segurança, transporte e desemprego são apenas algumas de tantas outras questões que necessitam de atenção. E pode ser que a presidente não tenha outra chance de reconhecer o que os maranhenses fizeram nas urnas.

A passagem de Dilma pelo Maranhão certamente mudará alguma coisa. Seja nas estratégias de governo que ela passará a adotar, com mudanças mais eficazes e significativas para o estado ou mesmo daqui a três anos, quando os eleitores poderão confirmar mais uma vez sua preferência. A única certeza é de que a representante do país ainda tem tempo para concertar as coisas.

No cenário nacional, além da crise outros fatores fazem destes sete meses um período difícil para Dilma. Começando pelo ajuste fiscal, que inclui medidas como maior restrição ao seguro-desemprego e cortes em programas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e o Fies (Programa de Financiamento Estudantil). Investigações da Operação Lava Jato, que levanta ainda mais as suspeita sobre o envolvimento de petistas.

Os protestos contra o governo também feriram a imagem de Dilma, que não sofreu um impeachment por não haver justificativas suficientes entre os parlamentares, para que entrassem com o pedido. Como se não bastasse, recentemente o Tribunal de Contas da União (TCU), encontrou indícios de irregularidades nas contas da presidente referentes a 2014, que violam a lei de responsabilidade fiscal.

Por fim, foi divulgada nesta semana a pesquisa Datafolha, que mostra o pior índice de rejeição da história para um presidente do Brasil desde a reprovação de Collor. 71 por cento dos brasileiros reprovam o governo Dilma. Será difícil a missão de Dilma Rousseff nos próximos meses.

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