Manoel Mariano de Sousa Filho, o ‘Júnior do Nenzim’, foi condenado a 16 anos de prisão, em regime fechado, por participar da morte a tiros do pai, o ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Sousa, conhecido como ‘Nenzim’.
O júri popular durou quase um dia inteiro e foi até as 1h30 da madrugada, no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, porque o Ministério Público do Maranhão temia que a influência política de Manoel Mariano poderia influenciar o julgamento.
Foram sete testemunhas ouvidas ao longo do júri, e Manoel Mariano respondeu as perguntas da Promotoria e do juiz por quase duas horas, sempre negando a participação no crime. A defesa também diz que houve falhas na condução das investigações e coleta de provas. Mas, o promotor de Justiça, Raimundo Benedito, afirma que há provas que indicam o contrário.
“O delegado falou, a perícia fala isso e o medico falam que a vítima foi atingida a uma distância mínima de cerca de 20 cm. Só estavam os dois lá [na cena do crime], o pai e o filho, e ele [Júnior do Nenzim] disse que não viu ninguém chegando perto e logicamente isso é impossível”, contou o promotor.
Ao final do julgamento, Manoel Mariano já terá que cumprir a sentença, pois a justiça negou o direito de recorrer em liberdade. Ele foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Segundo as investigações, o crime aconteceu em dezembro de 2017 porque o filho estaria roubando cabeças de gado do pai para pagar dívidas com agiotas. A ideia de matar seria para evitar problemas com o pai e tentar ocultar os desvios do gado.
O júri popular deveria ter acontecido no dia 9 de outubro de 2023, mas, na época, o Ministério Público pediu o adiamento para que um segundo envolvido no crime, o vaqueiro Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, também fosse levado a júri-popular. Ele é acusado de ser o atirador.
Nesta quarta-feira (21), tanto Luzivan, quanto Manoel Mariano, são suspeitos de participação na morte de Nenzim e seriam julgados juntos. No entanto, o Ministério Público do Maranhão pediu o desmembramento dos julgamentos, de modo que Luzivan deve ser julgado somente no dia 9 de julho.