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Esquema operado por Pacovan era feito com Prefeituras

thumbnail_Foto Nilson Figueiredo. (1)

O esquema montado de lavagem de dinheiro em postos de gasolina comandado por Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, envolvida Prefeituras. 18 integrantes da quadrilha foram apresentados na sede da Secretaria de Segurança Pública, em São Luís. Todos foram presos durante a operação da Polícia Civil denominada “Jenga”.

Segundo a polícia, Pacovan montou uma rede de postos de combustíveis, em que ele aparece em algumas empresas como sócio-proprietário, juntamente com a esposa, familiares e outros ‘laranjas’, que eram utilizados para não vincular a movimentação financeira dessas empresas com a pessoa dele.

A intenção era disfarçar a origem ilícita do dinheiro movimentado nas contas bancárias dessas empresas, dinheiro esse fruto da prática da agiotagem e também do desvio de verbas públicas de Prefeituras do Maranhão. O objetivo era evitar que os órgãos de fiscalização, tanto financeiros como policiais, pudessem detectar essa movimentação financeira ilícita.

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Como funcionava

Um prefeito firma um contrato de compra e venda de combustível com um desses postos, coloca no contrato o seu custo anual na faixa de 3 milhões de reais, por exemplo, e então, em cima desse contrato, que, na verdade é fraudulento, pois na prática não existe o fornecimento do combustível, o gestor passa a realizar transferências de um determinado município, de um determinado órgão para as contas bancárias dos proprietários desses postos de combustíveis.

O Pacovan recebe esse valor, que aparece oriundo da venda de combustíveis – em tese, seria uma operação lícita, legal -, mas na verdade ele vai estar aí, numa parte, recebendo os valores da agiotagem. E aí existe a possibilidade de algum valor ser devolvido também para o gestor, que, com isso, burla os mecanismos de fiscalização para estar tirando dinheiro da prefeitura.

Essas movimentações financeiras atípicas de Pacovan e das empresas de fachada despertaram a atenção dos órgãos de fiscalização, principalmente do Coaf, que provocaram os órgãos policiais no sentido de que fosse investigada a origem desse dinheiro.

Além de postos de combustíveis, foi detectado que há empresas registradas para atuação na área da construção civil e outras que só existem de fachada mesmo, sem a compatibilidade de sua atividade com o quantitativo da sua movimentação financeira que era praticada nas respectivas contas bancárias.

Todas os indícios apontam no sentido de que Pacovan era o administrador e grande operador desse esquema que movimentou cerca de 100 milhões de reais.

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