Uma empresa de fachada usou nomes de “laranjas” para ganhar contrato milionário na gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em São Luís. A informação é da Controladoria Geral da União (CGU).
O nome da empresa não foi divulgado pelo órgão da União, mas o Blog do Neto Ferreira apurou que se trata da Precision Soluções Diagnósticos Ltda, das sócias Terezinha de Jesus Neves Bottentuit e Lúcia Maria Chuairy Cunha. Ela abocanhou um contrato de R$ 2,6 milhões, sem licitação, para fornecer 270 mil máscaras cirúrgicas para a Prefeitura da capital maranhense (reveja aqui).
A empresa chegou a ser denunciada a Polícia Federal pelo vereador Umbelino Júnior (relembre).
Além da Precision, outra empresa também foi alvo de investigação.
“Área de investigações da CGU detectou que a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de São Luís teria contratado por dispensa de licitação, em caráter emergencial, para combate à pandemia de Covid-19, duas empresas sem capacidade técnico-operacional para fornecimento de máscaras cirúrgicas descartáveis superfaturadas. Vericou-se que uma das empresas operava em nome de “laranjas”, além de ser de “fachada”, e a outra nunca havia comercializado máscaras.”
Na manhã desta terça-feira (9), a Polícia Federal, com apoio da CGU, deflagrou a operação Cobiça Fatal, que teve como um dos alvos a Secretaria de Saúde de São Luís, comandada por Lula Fylho.
Na sede do órgão, foi cumprido mandado de busca e apreensão.
Durante a operação, também foram presas três pessoas acusadas de superfaturar em R$ 2,3 milhões a compra de máscaras cirúrgicas, que seriam utilizadas no combate ao novo coronavírus na capital.