Em sessão do Tribunal de Justiça do Maranhão na quarta-feira (18), a desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Oriana Gomes, fez duras criticas ao servidores concursados, pois estes não excedem o horário de trabalho.
Ela afirmou que concursado não fica até depois das 18h e ironiza a rotina do servidor. Em sua fala, a magistrada afirmou que os servidores concursados “vão embora na hora que termina o expediente” e que “não ficam até depois das 18h”. Em contraponto, exaltou a atuação de comissionados e cedidos.
“Eu aprendi uma lição muito grande […] não é nenhum demérito para os nossos servidores efetivos, mas eu aprendi uma grande lição esses anos todos, que a gente pode contar mesmo é com os comissionados ou então com esses que vêm de fora, que o juiz requisita”. (…) “Porque o concursado vai embora às seis horas da tarde, ou vai embora na hora que termina o expediente dele. Ainda diz assim: ‘tchau’. Eu digo: ‘tchau, concursado’, e ele diz: ‘tchau, a senhora é concursada também'”, afirmou, em tom irônico.
A magistrada ainda concluiu sua fala enaltecendo os servidores comissionados, principalmente em momentos de maior demanda. “E a gente conta é com o comissionado nas dificuldades”, concluiu.
Sindicato da categoria reagiu com repúdio às declarações:
Na publicação, o sindicato afirma que a magistrada “desqualifica os profissionais que ingressaram no serviço público por critérios sabidamente objetivos, republicanos e constitucionais”.
“Não é aceitável que uma integrante da mais alta instância do Judiciário maranhense naturalize discursos ou práticas institucionais que promovam divisões ou precarização, desvalorizando o esforço coletivo dos servidores e comprometendo a qualidade do serviço público”, diz o texto.
O Sindsemp MA também reforça a defesa do concurso público como instrumento legítimo de acesso ao serviço público, em contraste com a manutenção excessiva de cargos comissionados, mesmo diante da existência de aprovados aguardando convocação.
Parece a estabilidade dos servidores público trás mais problemas do que solução, inclusive a dos magistrados.
Primeiro e ridículo essa declaração. Ele fala que os comissionados são melhor pq eles não tem horário se ela sair 1h da manhã eles ficam pois se forem embora serão exonerados e outro colocado em seu lugar. Pergunta se ele que ser juíza comissionada e o povo decidisse se ela seria ou não reconduzida ao cargo. E se não me engano foi ela que mandou prender um galo no tempo que foi juíza no interior. Bem ridículo e isso demostra que ela prefere os comissionados pois eles não tem direitos e nem voz apenas balançar a cabeça e se sujeitar.
“Curioso ver que, em pleno século XXI, ainda se valoriza mais o temor da exoneração do que o mérito do concurso público. Exaltar comissionados pela submissão forçada é ignorar que o verdadeiro compromisso com a função pública não se mede pelo número de horas extras, mas pela legalidade, impessoalidade e moralidade — princípios que, aliás, a própria magistratura jurou defender. Se estabilidade é o problema, que se comece pela autocrítica.”
Estabilidade do servidor público não pode ser subterfúgio para vagabundagem.