O governador Carlos Brandão (PSB) vai se reunir com o presidente Lula (PT) na próxima semana em Brasília e informará que uma eventual saída do Palácio dos Leões para disputar o Senado dependeria da renúncia também do vice-governador Felipe Camarão (PT). A informação foi confirmada ao Atual7 por pessoas próximas ao mandatário.
“A única possibilidade que ele tem de sair para o Senado é o Camarão renunciando”, afirmou uma das fontes com que Brandão já conversou a respeito da decisão. Com a dupla renúncia, a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), assumiria o governo e conduziria uma eleição indireta para completar o mandato.
Segundo o entorno do governador maranhense, a conversa com Lula tratará de duas possibilidades: Brandão permanecer no cargo até dezembro de 2026 ou partir para a disputa ao Senado -mas apenas se Camarão também deixasse o governo.
Lula vê em Brandão um aliado com trânsito entre diferentes grupos políticos e perfil de liderança e dialogador. O presidente tem dito publicamente que quer eleger senadores comprometidos com a democracia e contra a extrema direita. Em entrevista à TV Difusora nesta semana, Brandão admitiu que a possibilidade de disputar o Senado fará parte da conversa com Lula, mas não revelou a condição da dupla renúncia.
Por falta de confiança em Felipe Camarão, Carlos Brandão não aceita mais deixar o cargo para que o vice assuma naturalmente a sucessão. O nome para o governo segue sendo Orleans Brandão (MDB), secretário estadual de Assuntos Municipalistas e sobrinho do mandatário.
“Orleans é o nome consolidado no grupo”, disse um integrante do alto escalão do Palácio dos Leões em reservado.
A definição sobre Orleans Brandão permanece inalterada desde junho, quando o Atual7 revelou que Brandão havia decidido ficar no governo até o fim do mandato para apoiar o sobrinho na sucessão.
A relação entre Brandão e Camarão se desgastou desde outubro de 2022, quando os dois foram eleitos, mas o vice decidiu ignorar a ascensão do chefe do Executivo estadual e permanecer sob a liderança de Flávio Dino, à época eleito para o Senado e hoje, formalmente fora da política, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao longo da gestão, Camarão apoiou candidatos diferentes dos indicados por Brandão nas eleições municipais de 2024, recuou de decisões políticas tomadas em conjunto e fez declarações públicas contrárias ao governador. No entorno do Palácio dos Leões, há relatos de que o vice mantém articulações com opositores do governo, incluindo conversas sobre eventual afastamento do governador do cargo.

Brandão só aceita a candidatura do sobrinho poste porque se este vencer a eleição, Brandão continuará dando as cartas no Estado, a exemplo, do grupo Sarney, Brandão quer perpetuar sua própria oligarquia. Eu não votei nele porque ele fazia parte do grupo dinista, mas ele está sendo um tremendo traidor já que o acordo era ele renunciar ao mandato abril de 2026 para ser candidato ao senado, Felipe Camarão assumiria e seria o candidato natural do grupo. Porém foi ao sentar na cadeira de governador para Brandão desejar impor seu próprio feudo. Pobre Maranhão, não se livra dessas oligarquias familiares.
O governador Brandão não se obriga a abrir mão de seu governo em prol do vice Camarão com medo do ministro FD, que está afastado da política, por assumir cargo público jurídico, voltar a dar as cartas politicamente no estado, funcionando, o Camarão, como marionete. O governador Brandão está corretíssimo