Alvos da operação da Polícia Federal, empresas de São Luís movimentaram contratos de quase R$ 600 mil durante a pandemia na gestão de Assis Ramos, em Imperatriz.
Levantamento realizado pelo Blog do Neto Ferreira mostra que as contratadas em questão são a Catho Gerenciamento Técnico de Obras e Seviços, dos sócios Rosângela Alves de Azevedo e Daniel Lopes Rodrigues, e F.S. Eletromedicina, de propriedade de Francisco Solano Rodrigues Neto, ambas localizadas no Centro de São Luís.
Os três contratos foram firmados, sem licitação, entre os dias 8 e 13 de abril de 2020 via Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz e somam R$ 592 mil.
Desse montante, R$ 532 mil ficou com a Catho e R$ 60 mil com a F.S. Eletromedicina.
Durante as investigações da Polícia Federal foram constatadas diversas irregularidades em um processo de dispensa de licitação que tinha por objetivo a contratação de duas empresas para o fornecimento de camas de UTI, respirador e aparelhos de anestesia destinados ao Centro Municipal de Tratamento do COVID-19 de Imperatriz.
Diligências indicaram que as empresas que participaram do processo pertenciam a um único núcleo familiar de empresários residentes na capital maranhense. Também foi verificado que essas empresas se revezavam em diversos contratos com a Secretaria de Saúde de Imperatriz.
Ademais, uma das empresas participantes do processo não apresenta qualquer tipo de funcionamento e nem mesmo empregados cadastrados, aparentando ser uma empresa de fachada.
A presente operação é um desdobramento da Operação Recôndito, deflagrada na data do dia 03 de março de 2021, com objetivo de investigar fraudes em licitações feitas em 2020 pela Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz.
Essa não é primeira vez que a Catho Gerenciamento abocanha contratos na Prefeitura de Imperatriz. Entre anos de 2017 e 2018, a empresa ganhou dois acordos contratuais que somados chegam a R$ 8.411.512,28 milhões.