
Em contato com titular do Blog do Neto Ferreira, o delegado federal Fabrício afirmou que a PF não comentará sobre ataques ou comentários pejorativos feitos em relação à operação Pegadores.
A declaração foi dada quando o delegado foi questionado sobre a publicação “tendenciosa” feita pelo governador Flávio Dino que politizou a investigação.
“A Polícia Federal não comenta postagem de rede social. A gente não vai se manifestar sobre isso ou sobre qualquer tipo de postagem”, disse Fabrício.
Se referindo ao governador, o delegado ressaltou que a Polícia Federal não vai responder à declarações de autoridades. “E não vamos ficar nos manifestando pontualmente em relação a comentário feitos por autoridades, não temos por hábito fazer esse tipo de ação. Na verdade, não vamos fazer comentário sobre esse assunto”.
Na tarde da última terça-feira (21), Flávio Dino publicou em sua conta no Facebook que “investigações não podem ser conduzidas como peças políticas ou puramente midiáticas”, dando a entender que a Polícia Federal estaria atuando em prol de um grupo político.

Na última quinta-feira (16), Dino viu o seu governo ser o personagem central de um grande escândalo nacional de desvio de dinheiro público oriundo da Saúde. Para tentar se defender, usou as suas redes sociais para desqualificar o trabalho da Polícia Federal.
Operação
A Polícia Federal deflagrou a 5ª fase da operação Sermão aos Peixes, denominada de Operação Pegadores, que apurou indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, em Contratos de Gestão e Termos de Parceria firmados pelo Governo do Estado do Maranhão na área da saúde.
Foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão em São Luís/MA, Imperatriz/MA, Amarante/MA e Teresina/PI, além do bloqueio judicial e sequestro de bens no total de R$ 18 milhões.
Durante as investigações conduzidas na Operação Sermão aos Peixes, em 2015, foram coletados diversos indícios de que servidores públicos, que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.
As investigações indicaram a existência de cerca de 400 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários do esquema seriam familiares e pessoas próximas a gestores públicos e de diretores das organizações sociais.
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