Após quebrar empresa maranhense com ‘calote’ de R$ 30 milhões, presidente da Vale diz estar otimista
Parece piada mais o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que está otimista com o crescimento das operações da empresa em 2013, principalmente por causa da recuperação da economia asiática, o que deve aumentar a demanda por minério de ferro.
Preocupado apenas com sua imagem à frente da Vale, Murilo Ferreira esquece que a Companhia tem uma dívida com a WO Engenharia – empresa que atua na engenharia e construção -, de R$ 30 milhões, que resultou numa demissão de 2500 funcionários.
O calote aplicado pela Vale quebrou a empreiteira a deixando totalmente fora do mercado de trabalho. A empresa prestava serviços no Maranhão e Pará. Além da WO, a Covap [Construtora Vale do Paraíba] também cobrava por uma dívida deixada pela multinacional.
Na época, a WO que pertence ao prefeito de Lago do Junco, Osmar Fonseca (PT), firmou contrato ao valor de R$ 63 milhões para atuar na expansão da mineradora. Segundo Osmar, o serviço foi concluído, porém, a mineradora não pagou sequer 50%.

Protesto dos funcionários da WO.
Mas, na avaliação do presidente da Vale, houve uma recuperação nos equipamentos pesados, na construção civil, e isso permite ter um otimismo. É mole?
Ao que parece, não foi esse ‘otimismo’ que levou o dono da WO engenharia a quebrar após vender bens móveis e imóveis para pagar os trabalhadores que protestaram interditando a Ferrovia Carajás.
O assunto gerou tanta repercussão que, o deputado Neto Evangelista, apresentou requerimento à Mesa Diretora da Assembleia, a fim de que os representantes das partes acima mencionadas esclareçam o que de fato está acontecendo.
“O que não pode é uma empresa do tamanho da Vale, segunda maior mineradora do planeta, está dando calote em empresas maranhenses como foi colocado por vários empresários”, disse Evangelista.
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