Justiça determina suspensão da greve dos professores municipais de São Luís
Grevistas dizem que só retomam atividades após negociar reivindicações. Liminar estipula multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
G1, MA
O desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) Lourival Serejo determinou, na manhã desta terça-feira (31), a suspensão da greve dos professores municipais da Educação, em São Luís. Por meio de liminar, ele pede a retomada das aulas, que foram paralisadas, desde a última quarta-feira (25) em escolas da capital.
Em caso de descumprimento da decisão, Serejo estipulou multa diária de R$ 10 mil para o sindicato responsável. O comando de luta responsável pela paralisação informou que não recebeu nenhuma notificação e que irá recorrer da decisão.
A presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís (Sindeducação), Elizabeth Cardoso, afirmou ao G1 que o movimento não será suspenso enquanto o sindicato não for notificado.
Revindicações
Os professores querem reajuste salarial de 11,36% integral com retroativo, e rejeitou a proposta da Secretaria Municipal da Educação (Semed), de 10,67% em duas parcelas, sendo a primeira de 5% no mês de junho, com retroativo a janeiro, e a segunda de 5,4% em novembro, sem retroativo. 449 professores da rede pública municipal decidiram pela paralisação das atividades durante assembleia geral extraordinária realizada no dia 19 de maio.
De acordo com o Sindeducação, 80% das 281 escolas da rede municipal de ensino estão sem condições apropriadas para abrigar alunos, com ‘infraestrutura degradada’ e ‘a grande maioria vulnerável às ações de criminosos, pela total ausência de segurança’.
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31/05/2016 às 16:11
Há tempos venho alertando meus amigos professores da rede municipal a respeito da ilegalidade dessa greve, ressaltando que nenhum membro do sindicato vai ter que repor aulas aos fins de semana, pois são protegidos por lei. A diferença de 10,67% para 11,36% é irrisória para levar ao extremo que é uma paralisação.
31/05/2016 às 16:12
Essa greve nao tem sentido algum. Não devia nem ter começado.
31/05/2016 às 16:26
O magistrado está corretíssimo, não faz sentido algum prejudicar mais de 85 mil alunos por conta de meia dúzia de interesseiros que se dizem sindicalistas.
31/05/2016 às 16:48
Elizabeth não quer dialogar, Elizabeth quer fazer politica as custas dos professores, ninguém nunca se deu conta disso? No mesmo período de 2014 as vésperas da eleição e agora de novo.
31/05/2016 às 17:00
Abusiva essa greve. Nao dá pra ficar prejudicando tantos estudantes dessa maneira.
31/05/2016 às 17:11
Que bom que a Justiça vai intervir nessa greve. A maioria dos professores não compactuava com isso. O reajuste proposto é aceitável e as intervenções estruturais já foram conversadas com o secretário de educação. Ele se prontificou a atender essas ações.